Gaúcho de Norte a Sul

    
 Ser gaúcho é ser feliz e saber que temos raiz. É voltar pro nosso pago e nosso lugar com o coração aliviado. Até quem não é, como meu pai, que veio do Maranhão, ama essa terra de paixão e cuida como um peão, que tem muita compaixão pelas crianças que sofrem neste chão.
      Já andei muito neste pago, nasci em São Borja, terra de peão brabo, fui para Santo Ângelo, onde dancei muito naqueles pagos, e agora estou em Santana do Livramento, onde a cultura gaúcha é nosso alento.
      Visitei o Maranhão e, claro, que chegando lá peguei meu chimarrão e fiz o fogo de chão. O povo lá estranhou, mas e daí, me fizeram várias perguntas, inclusive em relação ao meu chimarrão.
      - Meu bem, você vai tomar isso? Pasto com água quente, que tipo de chá é isso?
      - Primeiro, isso não é pasto e nem chá, é o meu mate que venho a cevar, e quero respeito, pois nesse ritual com minha cuia é que encontro e faço amigos, ou apenas sozinha converso com Deus.
      Isso é ser gaúcho, em qualquer lugar que vamos não deixamos nosso Rio Grande do Sul, pois o amamos tanto, e ele nos retribui com o prazer de viver aqui, que nós sempre levamos um pedacinho dele para onde quer que vamos.
Ah, eu sou gaúcha, graças a Deus!

                       Concurso cultural Zero Hora, 05 de Setembro de 2008.